Lembrando e valorizando

por Irmã Diane Willey

A introdução às “Memórias” do nosso fundador Théodore Ratisbonne chama a atenção para os dois principais elementos que “forjaram a personalidade dele: a sua família e o seu meio cristão.

Quando ditou suas memórias a Ir. Benedicta, Théodore já tinha mais de 80 anos: era um velho cujo rosto emaciado ainda irradiava paz e bondade, pois recordava e celebrava os acontecimentos e as pessoas que marcaram o início da Congregação. Hoje em dia, em Sion, tanto a nível congregacional quanto regional, os arquivos servem para guardar tais memórias e traçar a evolução da vida e do ministério de Sion, ao longo dos anos, em cada contexto. Os arquivos também garantem a disponibilidade desses recursos para pesquisa, reflexão e preparação de celebrações. À sua maneira, os arquivos captam e ecoam a pulsação da Congregação.

Os arquivos captam e ecoam a pulsação da Congregação

Na região Canadá-EUA, vemos nossos arquivos regionais como um precioso repositório para o segmento norte-americano da história de Sion, desde seu início, em 1892, em Lewiston and Auburn, Maine. Situado no Centro Diocesano de Saskatoon, na Catedral, nossos arquivos são cuidadosamente preservados e constantemente atualizados por Ir. Phyllis Kapuscinski (Arquivista Regional de Sion) e por mim mesma, com orientação profissional da Arquivista Diocesana do Centro, Sra. Margaret Sanche. Somos gratas aos Arquivistas de Sion que vieram antes de nós pela base sólida que estabeleceram. Igualmente, apreciamos muito a competência, colaboração e compaixão daqueles que trabalham conosco.

Nos arquivos, coletamos, categorizamos e arquivamos documentos que contam a história de aspectos da vida de Sion nesta região em um determinado recorte de tempo. Procuramos tornar alguns recursos mais acessíveis, transcrevendo documentos ou transpondo informações para planilhas do Excel. Nosso banco de dados inclui relatos verbais ou reflexões, publicações das irmãs, fotos e alguns trabalhos artísticos, bem como artefatos de madeira, cerâmica e metal. Cada item passível de entrar na coleção de arquivos recebe um número de arquivo único e, em dado momento, é armazenado em uma das muitas caixas de arquivo, que ficam depositadas sobre uma das muitas prateleiras de Sion… que ficam dentro de um “santuário interno”, com temperatura controlada, no escritório dos Arquivos Diocesanos.

A história de aspectos da vida de Sion

Outra faceta do nosso trabalho é produzir novas obras documentais sobre a história da Congregação. As iniciativas são muitas: pode tratar-se de uma revisão de todas as fundações norte-americanas da Congregação desde o início da instalação das irmãs no continente, ou de uma coleção de biografias de carismas de nossas irmãs na região Canadá-EUA. A Sra. Dorothy Fortier, membro de nossa equipe estendida de Sion, coletou todo um diretório de fotos apresentando cada irmã da região em ambas as perspectivas: “jovens” e “na atualidade”.

Um dia normal na vida de nossa equipe de arquivos começa com a ligação de Margaret Sanche por volta das 8h15, anunciando que ela está prestes a sair para o escritório. Margaret me busca e seguimos para a casa de Phyllis. Chegamos ao Centro Diocesano por volta das 8h45, abrimos as pastas e arrumamos nossos documentos e computadores para o trabalho do dia. Iniciamos o dia juntas com uma pequena pausa para o café — o que é uma oportunidade para entrarmos em sintonia relativamente a qualquer informação que seja relevante para nossa programação. Então o trabalho começa para valer: cada uma de nós ocupa seu próprio espaço de trabalho e passa o dia processando material ou rascunhando textos, conforme necessário. Nosso tempo é pontuado por pausas: fazemos um lanchinho conjunto no meio da manhã e no meio da tarde juntamente ao pessoal de outros escritórios diocesanos; e também ao meio-dia, quando assistimos à missa na Catedral e ainda temos meia hora para o almoço. O dia nos arquivos termina às 16h30, quando Margaret nos leva para casa.

Sou muito grata por estar envolvida neste serviço

Cada dia nos arquivos contém seus próprios desafios, aprendizados e senso de realização — e tudo isso faz parte deste ministério de lembrar e valorizar. Sou muito grata por estar envolvida neste serviço!